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[PROJETO] - LARP E O ROLEPLAYING GAME: O JOGO AUXILIANDO AS AULAS DE INGLÊS

RESUMO

O presente projeto tem por objetivo principal utilizar ferramentas lúdicas, especificamente o Larp (Live Action Roleplaying) e o RPG (Roleplaying Game), para aprimorar o contato dos sujeitos, inseridos no ambiente do ensino de língua estrangeira, com o conhecimento da disciplina (cultura, linguagem) na tentativa de corroborar com o reconhecimento da autoimagem, assim como fortalecer aspectos relacionados a alteridade. O projeto esta formatado em tópicos, e em cada tópico serão exploradas diferentes característica dos jogos e do conteúdo proposto pela professora supervisora. No decorrer da aplicação, as etapas serão apresentadas de maneira complementar para que ocorra uma experiencia significativa relacionando o sujeito e os conteúdos trabalhados, de forma a mediar com qualidade o conhecimento dentro de sala de aula.

Palavras-chave: Larp. Roleplaying game. Autoimagem. Alteridade.

OBJETIVO GERAL

Promover contatos interdisciplinares e transdisciplinares com a língua inglesa bem como possibilitar um processo de ensino-aprendizagem que inclua o aspecto emocional do sujeito.

OBJETIVOS ESPECIFICOS

  • Demonstrar novas formas de apresentar os conteúdos do currículo;

  • Fomentar o contato de interfaces entre currículo tradicional e a proposta lúdica;

  • Incentivar a independência intelectual do sujeito;

  • Criar suporte para complementar as aulas de língua inglesa.

Introdução

A proposta do presente projeto é, inicialmente, dialogar com o conteúdo do currículo através do contato inicial com os conceitos dos jogos propostos. Num segundo momento será apresentado aos sujeitos o método de criação de personagem, promovendo um enriquecimento do vocabulário na língua alvo. Na terceira etapa será proposta a atividade de criação de personagem para que possamos finalizar a proposta executando jogos de interpretação de personagem. Antes de nomear cada etapa, faz-se necessário relatar que, inicialmente, não serão designadas datas para os trabalhos, pois tratando-se de um trabalho desenvolvido na Praxis, entende-se que mudanças serão feitas, e o calendário será constantemente modificado, sem afetar a conclusão do trabalho proposto. Vejamos os nomes de cada etapa:

  • ETAPA 01: CONHECENDO O MUNDO DO LARP E RPG;

  • ETAPA 02: PERSONAGENS - QUEM? O QUE? ONDE?;

  • ETAPA 03: CONSTUINDO NOSSA PERSONAGEM;

  • ETAPA 04: JOGOS DE INTERPRETAÇÃO;

DESCRIÇÃO DAS ETAPAS

ETAPA 01

A etapa 1 consiste em desenvolver diálogos explicativos acerca do funcionamento dos jogos de RPG e LARP. Serão apresentados diversos tipos e especificidades de cada um, e na medida do possível, incluir-se-ão temas presentes no currículo geral da disciplina de língua inglesa. Entendemos RPG (Roleplaying Game) como um jogo de interpretação de personagens, e o utilizaremos como ferramenta lúdica no auxilio do ensino de língua inglesa. Segundo Pavão (2000, p.2)1:

RPG é a sigla de Roleplaying Game,” jogo de representação” que exige a leitura de um livro de regras cuja publicação tem conquistado espaços cada vez mais significativos no mercado editorial. Uma ideia que começou nos EUA no início dos anos 70, como evolução dos jogos de guerra e muito influenciado pela literatura de Tolkien (1994), e que espalhou pelo mundo rapidamente.

Pretendemos, com os jogos de interpretação de personagem, fomentar uma educação mediada através de uma proposta prazerosa para o sujeito. O jogo, mais profundamente o brincar, estão vinculados com o desenvolvimento cognitivo e de conhecimento desde a infância, entretendo é barrado ao vestirmos o uniforme no ensino fundamental II, no Brasil. Existe a proposta de educação associada ao brincar, que também inclui-se, intertextualmente, em nossa proposta. Juntamente ao brincar, criamos e Vygotsky (1987)2 defende que a atividade criadora se encontra em relação direta com a riqueza e a variedade da experiência acumulada pelo homem. Trazemos essa riqueza quando desenvolvemos atividades lúdicas, ou seja, ao brincar. Para Fortuna (2000, p.10)3 o brincar:

[...]desenvolve a imaginação e a criatividade. Na condição de aspectos da função simbólica, atingem a construção do sistema de representação, beneficiando, por exemplo, a aquisição da leitura e da escrita. Enquanto ação e transformação da realidade, o jogo implica ação mental, refletindo-se na operatividade, tanto no domínio lógico, quanto no infratológico, ou, por outras palavras, no desenvolvimento do raciocínio. Na atividade lúdica, os aspectos operativos e figurativos do pensamento são desenvolvidos.

Concluindo, através de apresentações acerca do jogo e da temática lúdica pretendemos "chamar a atenção" do sujeito para que ocorra uma aula significativa e sedutora, e com isso esperamos que o sujeito desenvolva suas capacidades de foco e cognição, autocontrole, autopercepção, autoimagem e iniciativa crítica. Essas características serão fundamentais para que o sujeito desenvolva qualquer habilidade em qualquer contato de conhecimento.

Numero de encontros: 02 encontros por turma, totalizando 06 encontros.

ETAPA 02

Descrevendo ,resumidamente, a seguinte etapa pretende apresentar a forma que ocorre a construção da personagem/personalidade nos jogos RPG, assemelhando-se ao teatro, muitas vezes, e utilizando-se dos léxicos em língua inglesa. Utilizar-se-ão primordialmente os livros base do sistema de RPG Storyteller[1] devido a maior descrição acerca do tema.

Numero de encontros: 01 encontro por turma, totalizando 03 encontros.

ETAPA 03

A presente etapa consiste na execução de uma atividade de construção de personagem, já executada em uma turma da escola alvo, de uma forma resumida e com a tentativa de assimilar conteúdos em língua estrangeira. No caso do Exemplo abaixo, organizamos as ideias tomando por referencia o livro Mago: A Ascensão (Brucato,2001)4, que é um sistema de regras e cenário de RPG também. Nesse livro, temos um passo a passo para criação de personagem. Claramente, a profundidade da personagem vai variar da profundidade da imaginação do sujeito. Complementaremos com o conceito de estereótipo, para auxiliar a criação associada ao método do RPG. Estereótipos são generalizações que as pessoas fazem sobre comportamentos ou características de outros. Estereótipo significa impressão sólida, e pode ser sobre a aparência, roupas, comportamento, cultura etc. A presente atividade é norteada pelas seguintes questões:

1. Qual é sua idade?

2. Como foi sua criação?

3. Quem são seus amigos e família?

4. Como sua personagem lida com o Mundo?

5. Quais são as motivações da personagem?

6. Sua personagem tem alguma consciência de seu futuro? Algum desejo incomum?

7. Sua personagem trabalha?

8. Cite peculiaridades da sua personagem?

Numero de encontros: 01 encontro por turma, totalizando 03 encontros.

ETAPA 04

A presente etapa se fundamenta em duas propostas base: execução de jogos teatrais7 e jogos de interpretação de personagem (RPG e LARP). Inicialmente serão propostos os jogos teatrais com a finalidade de desenvolver habilidades relacionadas a execução teatral. Esses jogos serão aplicados com base no livro de Spolin (2007) Jogos teatrais na sala de aula: um manual para o professor. Escolhermos algumas atividades a ser executadas com o objetivo de facilitar a ação teatral proposta para o fim de 2015. Posterior a essas atividades, serão propostas sessões grupais de RPG e 2 eventos de LARP para desenvolver a vivencia teatral dos sujeitos. Segundo Spolin (2007, p.30)

Através do brincar, as habilidades e estratégias necessárias para os jogos são desenvolvidas. Engenhosidade e inventividade enfrentam todas as crises que o jogo apresenta, pois todos os participantes estão livres para atingir o objetivo do jogo a sua maneira.

É importante salientar que é nessa Etapa que se inclui a proposta Transdisciplinar, em que os sujeitos tentarão empregar os conhecimentos de maneira integrada, complementar, a fim de reconhecer e transcender os desafios propostos nas atividades.

Numero de encontros: todos os encontros disponíveis , a partir do inicio da presente etapa.

RESULTADOS ESPERADOS

Esperamos, inicialmente, que o sujeito se identifique com a proposta. Posteriormente desejamos que o sujeito interaja e demonstre atitudes de busca, de iniciativa própria, pelo conhecimento. Esperamos, também, que os sujeitos desenvolvam capacidades sociais e que promovam a mediação de conhecimento , multidirecionalmente, entre si. Por fim, desejamos que haja um feedback positivo para que o trabalho possa ser implementado posteriormente. Também, se possível, desenvolveremos um produto multimídia no fim que resumira a opinião dos sujeitos do projeto de forma a expor o feedback para os outros bolsistas.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  • PAVÃO, Andréa. A aventura da leitura e da escrita entre mestres de Roleplaying game (RPG). Rio de Janeiro, 1999.

  • VIGOTSKI, L. S. La Imaginación y el arte en la infancia (Ensayo Psicológico). Cidade del México: Hispánicas, 1987.

  • FORTUNA, T. R. Sala de aula é lugar de brincar? In: XAVIER, M. L. M. e DALLA ZEN, M. I. H. (org.) Planejamento em destaque: análises menos convencionais. Porto Alegre: Mediação, 2000. (Cadernos de Educação Básica, 6) p. 147-164.

  • BRUCATO, Phil. Mago: A Ascensão. Devir. São Paulo, 2001.

  • OLIVEIRA, Arthur Barbosa. Roleplaying Game, Mediação e Interatividade: Ferramenta auxiliadora do ensino de literatura. Projeto de extensão, Dourados-MS, 2014.

  • OLIVEIRA, Arthur Barbosa. A Criação de Personagens: Técnicas de Roleplaying Game e a Estética de Fernando Pessoa. Projeto de Ensino, Dourados - MS, 2015.

  • SPOLIN, Viola. Jogos teatrais na sala de aula: um manual para o professor. Perspectiva, 2007.

[1] Storyteller é um sistema de jogabilidade RPG criado por Mark Rein*Hagen, da editora estadunidense White Wolf que utiliza o sistema D10(dados de dez faces). Seu sistema é extremamente interpretativo, cujo o principal objetivo é a geração de crônicas (histórias). Seu cenário mais famoso é o Mundo das Trevas. Seu sucessor comercial é o Storytelling.


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